quinta-feira, 3 de março de 2011

Queda Livre

Encontro-me constantemente em queda livre, rumo ao desconhecido, rumo ao infinito. Nenhum de nós sabe ao certo onde fica essa zona de aterrissagem, nem o que podemos encontrar lá, ou quem podemos encontrar... E é essa incerteza que me impede de pular com mais frequência, é essa incerteza que me impede de abrir o pára-quedas e curtir a vista. E eu tento, como tento, tento sair do lugar, abrir a porta do avião, um passo de cada vez, tento por a cabeça pra fora da porta e sentir o vento nos meus cabelos, como tento. É como se uma mão me segurasse o tempo todo e uma voz dissesse, "Não vá, fique", e eu obedeço. Obedeço porque a voz é tão suave e soa como de alguém que eu conhecesse e confiasse. Ah, essa voz...

Estranhamente encontro-me parada, no chão, no seguro, a vida não deveria ser assim, eu deveria estar lá em cima, voando, vivendo e coletando histórias pra que eu possa contar depois, nem que seja a mim mesma.

Esse vôo é cansativo, talvez eu devesse descansar, pela última vez.

(ao Cauê, pela conversa)


Um comentário:

Anônimo disse...

você é foda, né, Bacana? *__*